quarta-feira, 27 de julho de 2016

Jainismo: os libertadores pacíficos

Jainismo: os libertadores pacíficos
           
 

Origens e história
A religião tal como é praticada hoje nasceu de fato no sec. VI a.C. na Índia, onde se concentra a maioria de seus seguidores, que vivem uma vida centrada em não fazer mal aos Outros.
O jainismo começou com a missão de Vardhamana Mahavira (grande herói), o mais recente de 24 líderes espirituais chamados de jinas. Que são mestres humanos os que atingiram o mais elevado conhecimento e visão interior e compartilharam com seus seguidores o caminho para a Moksha (superar o ciclo da morte e renascimento e atingir um estado transcendente - Salvação). Os jinas também são conhecidos como tirthankaras “os fazedores de vaus”, ou seja, os que conduzem as almas, através do renascimento, ou sansara, para a liberdade espiritual.
Mahavira nasceu na classe guerreira (xátria) próximo ao rio Ganges, na Índia. Aos 30 anos tornou-se asceta (pessoa que busca se afastar dos prazeres, dedicando-se a orações, privações e flagelações.) errante e 12 anos depois alcançou a iluminação. Teve 12 discípulos que fizeram de seus ensinamentos a base das escrituras sagradas.

2.1.               Não violência

O jainismo é uma religião rigorosa, que exige total não violência e propõe o completo desprendimento do asceta em sua forma mais exaltada.
O principio que distingue a ética jainista de todas as outras é o da ahimsa, a não violência. Ele é muito mais praticado que em outras fés porque tem um profundo respeito tanto pelas formas superiores quanto pelas inferiores de vida, e considera até substancias como terra, ar e metal seres vivos que podem ser feridos pela atividade humana.  A não violência está impregnada profundamente nos jainistas, portanto, todos carregam uma vassourinha para varrer os insetos de seu caminho; filtram a água para evitar beber pequeninos organismos; não usam lamparinas para que mariposas não morram em suas chamas; utilizam mascaras cirúrgicas para evitar engolir insetos; etc.

Pesquise nos meios eletrônicos os dois tipos de Jainismo e como se deu a divisão desses grupos:
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2.               O Jainismo nos tempos modernos

O jainismo influenciou o mundo moderno, sobretudo através de sua doutrina da ahimsa, ou seja, não violência.
Você sabia!
No sec. XX, o mestre jainista Raychandbhai Mehta ajudou Mahatma Gandhi a perceber a força da ética jainista da não violência. A história da índia, com a resistência não violenta dos nacionalistas ao domínio britânico, que levou por fim à independência, poderia ter sido diferente, e mais sangrenta, sem a influência jainista sobre Gandhi.

            Crenças essências

Os jainistas apoiam-se no ensinamento. Assim, os jainistas não creem em um deus criador e supremo, e embora reconheçam deuses que existem no universo, não os consideram objetos de culto nem potencias capazes de ajudá-los.
Então, reconhece Cinco Seres Supremos que ajudam os crentes ao longo de seu caminho espiritual e que eles reverenciam. Em sânscrito Panca Paramesthin, representam tanto a prática como o objetivo do caminho religioso. 
Jinas ou tirthankaras: ensinam o caminho da libertação.
Siddhas: almas liberadas que vivem no teto do universo em estado de pura felicidade.
Acharya: líder de uma ordem de monges jainistas.
Upadhyaya: Mestre que instrue monges sobre a escritura jainista.
São todos os outros monges
      
   O caminho espiritual

Os jainista procuram seguir um caminho espiritual das quatro essências ou jóias, chamados de  Conhecimento reto, Fé reta, Conduta reta e Penitência reta, ou seja, tornando-se monges e adotando uma vida de renuncia quase total e ascetismo. Fazem cinco “Grandes Votos”: renunciar à violência, falar a verdade, abster-se de sexo, não tomar o que é não é dado e desapegar-se de pessoas, lugares e coisas.

     Os símbolos jainistas

Descubra os 09 símbolos jainistas, ilustre-os nos quadros abaixo e explique-os:




































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        Os Nove Fundamentos do Jainismo chamado de Tattvas.

    Escritura sagrada.
Após a morte de Mahavira e logo sua mensagem foi transmitida por tradição oral até que seus discípulos reuniram seus sermões chamados "Doze Angas" ou Kalpa Sutra (preceitos), que se tornaram as escrituras sagradas do jainismo. Eles foram fixados em linguagem Prakrita, cerca de 300 a.C, duzentos anos após a morte de Mahavira.
   
   Templo e veneração da imagem
Os templos tem sempre um santuário interno, que abriga a imagem do tirthankara que o rege. O templo interno equivale à assembleia da pregação do tirthankara e entrar nele põe o devoto em contato imediato com os ensinamentos jainistas. O culto pode implicar a entoação silenciosa de um mantra seguido de um simples contato visual com a imagem ou formas mais elaboradas de ritual, em que a imagem é ungida com açafrão e ornamentada com flores.  Flores são muitas vezes usadas nos rituais dos templos. Embora sejam seres vivos, não é considerado pecado cortá-las com esse propósito. A veneração da imagem é responsável pela transformação espiritual interior e traz à mente dos devotos as qualidades dos tirthankaras, induzindo-os a imitá-los.
Aos pés do senhor Bahubali. Devoto unge os pês da imensa imagem no sitio sagrado Digambara de Shravana Belgola, na Índia. A tradição jainista registra que a primeira unção da imagem feita em 981 pelo general Camundraya, que a construiu.
Entre os deveres de um jainista consta o culto das imagens e a construção de templos, que ajudam a satisfazer a necessidade do individuo em atingir a atitude mental adequada para a orientação espiritual. O culto das imagens no jainismo não requer necessariamente assistência de um sacerdote, e muitos chefes de família mantêm santuários domésticos para uso privado normalmente feitos de madeira e modelados na forma de templos de pedra.
Referencia

BOWKER, John Westerdale. O livro de ouro das religiões. Trad. Laura Alves e Aurélio Rabello. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004, p.518.
______. Para entender as religiões. Edição brasileira. Editora Ática, 2000, p.200.
COOGAN, Michael D. Religiões: história, tradições e fundamentos das principais crenças religiosas. Trad. Graça Salles. São Paulo: Publifolha, 2007, p.288.
GAARDER, Jonstein; NOTAKER, Henry; HELLERN, Victor. O livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. Pg. 40-51.
WILKINSON, Philip. Guia ilustrado Zahar: religiões. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2011, p.352.

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